Amigos, eu aprendi a fazer uma estufa de garrafa pet e com isso ressuscitei várias orquídeas.
Vou descrever o passo a passo pra vcs, espero que gostem.
A estufa pet é recomendada para recuperar plantas debilitadas que tenham as raizes comprometidas ou já esteja sem raíz.
Material:
- 1 garrafa pet transparente..tamanho conforme o tamanho da planta
cortada logo abaixo da metade e muito bem lavada.
- 1 punhado de sfagno (musgo seco), 1 comprimido de benerva (benerva é uma vitamina a base de tiamina, vc encontra em qualquer farmácia.)
- 1 colher de café de adubo 30-10-10
Dissolver tudo em 750 ml de agua. Limpar bem a planta tirando fora as folhas e raizes mortas. Espremer bem o sfagno e colocar no fundo da garrafa e a planta por cima. Encaixar bem a parte superior da garrafa na inferior, de modo a nao entrar ar (eu passei fita adesiva na minha). De preferencia identificar a planta com a data que colocou na estufa pra controle.
Depois de mais ou menos um mês a planta começa a soltar raízes laterais.
CLIQUE NA IMAGEM PARA AUMENTAR!!!!!! ABRAÇÃO A TODOS!!!!!!
Aqui estarei novamente dispondo aos orquidófilos amigos, informações sobre tudo o que lhe interessarem... abraços a todos!!!
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Formulaçao do meio de cultura para o cultivo "in vitro" de boa parte das orquídeas
O que tenho feito para fazer as semeaduras e transferência entre frascos para crescimento dos meus cruzamentos, para cada litro de solução é o seguinte:
-3 g de adubo solúvel qualquer , o recomendado é o de formulação 10-30-20, pode ser Peters®, Ouro Verde® e outros similares;
Misturados todos estes ingredientes e com o volume total completado com água, por desencargo de conciência filtrada ou de fonte, até atingir a marca de 1 litro , leve para o fogo brando, de preferência em uma leiteira. Adicione de 7g a 15g de ágar ou kanten, encontrado facilmente em lojas de produtos alimentícios orientais, enquanto ainda estiver frio, porque do contrário às vezes empelota. A quantidade vai depender da pureza do mesmo, conseqüente da marca utilizada (para os mais comuns encontrados utilize cerca de 11 g/L).
Depois de levado ao fogo, vá misturando constantemente, com uma colher de plástico ou de madeira, até notar que os ingredientes todos (atentos ao ágar, este deve estar bem cozido) formaram uma solução visualmente homogênea, o ponto é notado devido as bolhas de ar maiores que surgem.
Imediatamente, despeje nos frascos um volume compatível a uma altura de cerca de 1 dedo no fundo do frasco utilizado.
No que se refere ao adubo, pode-se utilizar até mesmos os fluidos, cabendo ao praticante testar qual a concentração adequada, logicamente quanto melhor o adubo melhor o resultado, especialmente no crescimento das plantas, quando elas passam a exigir maiores quantidades de nutrientes.
Cuidado para não se adicionar mais ágar que o necessário, caso contrário o meio ficará muito duro, dificultando e até impedindo, a penetração das raízes e a absorção de nutrientes pelas plantas. Já com menos ágar que o necessário, o meio ficará aquoso, acarretando numa série de fatores que também dificultam, e até inibem, o bom desenvolvimento das plântulas. O ideal é o meio firme (consistente) e macio (facilmente penetrável).
O carvão pode ser aquele em drágeas que costumam ter 250 mg de carvão em pó ativado cada, fácil de se encontrar em farmácias homeopáticas e de manipulação, aí é só jogar 8 por litro, não precisa tirar o conteúdo da capinha da drágea.
Aí seguem os passos de esterelização do meio e inoculação de plantas normais, panela de pressão ou auto-clave e capela ou câmara de fluxo laminar.
Existem outros métodos mais alternativos ainda, sem a necessidade do uso dessas parafernalhas supracitadas, podendo ser feito em cima da pia da cozinha, na mesa de jantar, etc. Mas por enquanto um amigo que aperfeiçoou a técnica não publicou, e seria sacanagem com ele divulgar antes, o que sem dúvida vai revolucionar o tema, mais aguardem.
Voltando à composição do meio... Simples assim, sem nada de hormônios, correção de pH, pois com a adição da água de coco teremos um pH tamponado num valor dentro duma faixa boa , tudo pode ser pesado com as balanças mais simples de lojas de 1,99, que para fins de produção é mais do que suficiente, porém com algumas excessões, por exemplo Phalaenopsis germinam pouco neste meio, em compensação as Cattleya, Laelia,Epidendrum... Vão muito bem, inclusive melhores do que nos meios mais consagrados como MS, GB5 e Knudson.
Dicas dos melhores substratos encontrados e aprovados!!!
Dicas para usar melhor os substratos
- antes do plantio, lave bem o substrato com água quente , depois deixe-o de molho, no mínimo uma hora, depois passar em água limpa (enxaguar). Isso ajuda a eliminar o excesso de tanino (uma substância tóxica) e matar fungos e bactérias.
- mensalmente coloque o substrato (com a orquídea junto) em um balde com água de torneira por 15 minutos. Assim serão eliminados os excessos de sais que podem queimar as raízes. É uma simulação do que acontece nas florestas, quando cai uma chuva torrencial.
- faça adubações periódicas com npk 20.20.20, pois nenhum, dos substratos alternativos possui a vantagem de liberar tantos nutrientes quanto o xaxim.
Cada vez mais as autoridades ambientais brasileiras estão adotando medidas para inibir a utilização dos derivados de xaxim (dicksonia sellowiana), que está na lista de espécies de plantas em perigo de extinção. A cidade de são paulo, por exemplo, desde janeiro/03, colocou em prática uma lei que proíbe a comercialização de qualquer produto feito de xaxim. Outras cidades também estão seguindo este caminho e, daqui a um tempo, os tão comuns vasos e placas desse material tendem a rarear no mercado. Como o xaxim é o substrato mais usado para orquídeas, cultivadores de todo o brasil estão testando alternativas. O problema é que é difícil encontrar substratos à altura dele. Mas também não é impossível, já que essas plantas são espécies epífitas ou rupestres. Assim, precisam de algo que se pareça ao máximo com o galho de uma árvore ou uma rocha, dependendo do tipo da orquídea. Esse substrato cumprirá duas funções básicas: oferecer suporte e uma superfície que acumule nutrientes.
A revista natureza teve o cuidado de indicar quais espécies de orquídeas estão apresentando melhores resultados com cada uma das opções disponíveis no mercado.
“estou notando que o segredo é misturar dois ou mais desses substratos alternativos”,
A maior parte deles, com exceção da piaçava (veja o aviso fique de olho), não representa risco para a saúde das orquídeas. No máximo, o que pode ocorrer são pequenos atrasos no desenvolvimento e na floração. Para evitar dor-de-cabeça, uma boa idéia é ir testando com as orquídeas menos importantes ou que estão em duplicidade na coleção.
Quanto aos gastos, não se preocupe. Esses substitutos custam praticamente o mesmo que o xaxim e, às vezes, são até mais baratos. Por isso, testar vários deles é bom para as plantas e não vai machucar o bolso de ninguém.
1) carvão vegetal
o que é: carvão comum, igual ao de churrasqueira, mas que sempre deve ser novo, pois os que já foram usados prejudicam a planta.
Vantagens: o carvão vegetal sozinho é ótimo para locais de clima úmido. Já em locais de clima seco, deve ser acompanhado de outro substrato que retenha umidade (como o pinus, por exemplo).
Desvantegens: necessita de adubações mais freqüentes. É muito leve, não segura a planta e, em razão de sua porosidade, tende a acumular sais minerais. Por isso, precisa de regas freqüentes com água pura. O carvão vegetal muitas vezes é fabricado a partir do corte de árvores de matas naturais, o que incentiva a devastação de florestas. Por último, o manuseio do carvão suja as mãos.
Durabilidade: cerca de 2 anos. Depois disso ele fica saturado de sais minerais e começa a esfarelar.
É indicado para: vanda, ascocentrum, rhynchostylis, renanthera, laelia purpurata, cattleya e oncidium.
Retém umidade? Nâo
adubação: semanal
onde é encontrado: nos supermercados de o brasil.
2) casca de pinus
o que é: casca da árvore pinus elliotti.
Vantagens: é fácil de ser encontrado e retém adubo.
Desvantegens: possui excesso de tanino e se decompõe muito rápido. Também quebra com facilidade e não fixa bem a planta no vaso, necessitando para isso de um tutor.
Durabilidade: no máximo 1 ano.
É indicado para: cimbidium, vanda, cattleya e laelia
retém umidade? Sim
adubação: quinzenal
onde é encontrado: regiões sudeste, centro-oeste e sul.
3) pedaços de ardósia
o que é: pedra, normalmente escura, utilizada para pisos.
Vantagens: é rica em ferro, o que ajuda no crescimento e na floração.
Desvantegens: não retém água.
Durabilidade: longa e indefinida.
É indicado para: orquídeas rupícolas como a pleurotallis teres e a bulbophyllum rupiculum.
Retém umidade? Não
adubação: quinzenal
onde é encontrado: em lojas de pedras.
4) caquinhos de barro
o que é: pedaços de vasos de cerâmica e telhas sempre novos, pois os mais antigos e já usados podem estar atacados por fungos.
Vantagens: são porosos, conservam a acidez num nível bom além de reterem umidade e adubo. São bem arejados e sustentam melhor a planta no vaso.
Desvantegens: não têm nutrientes.
Durabilidade: no máximo 5 anos.
É indicado para: vanda, ascocentrum, rhynchostylis, cattleya e laelia.
Retém umidade? Sim
adubação: quinzenal.
Onde é encontrado: em olarias e lojas de jardinagem.
5) pedras brita e dolomita
o que é: pedras usadas em construções. A brita é de cor cinza e a dolomita é a branca, também usadas em aquários.
Vantagens: são facilmente encontradas e ajudam no enraizamento das plantas.
Desvantegens: retêm sais dos adubos e queimam as pontas das raízes de algumas espécies. Pesam mais que os compostos orgânicos. Necessitam de muita adubação pois não tem nenhum valor nutritivo. As britas soltam muito cálcio, o que pode prejudicar alguns tipos de orquídeas.
Durabilidade: elas não se deterioram.
É indicado para: cattleya e laelia purpurata
retém umidade? Não
adubação: semanal
onde é encontrado: em lojas de materiais de construção.
6) nó-de-pinho
o que é: o gomo que se forma na araucária (araucária heterophyla)
vantagens: os nós são colhidos do caule de pinheiros em estado de decomposição e não possuem substancias tóxicas.
Desvantegens: é difícil de encontrar na maior parte do brasil.
Durabilidade: longa e indefinida.
É indicado para: cattleyas e micro-orquídeas
retém umidade? Sim
adubação: de 3 em 3 meses
onde é encontrado: sul e sudeste.7) casca de peroba
o que é: casca rugosa da árvore peroba-rosa (aspidosperma pyrifolium).
Vantagens: grande durabilidade, rugosa, retém pouca água. Com esta casca, podem-se cultivar orquídeas na vertical, prendendo as placas de peroba numa tela de alambrado ou parede.
Desvantegens: por ser um substrato duro, é preciso regar as plantas mais vezes. Também não retém adubo.
Durabilidade: mais de 5 anos.
É indicado para: orquídeas epífitas que gostam de raízes expostas, como miltonia, oncidium, brassia, brassavola, encyclia e cattleya walkeriana.
Retém umidade? Não
adubação: semanal
onde é encontrado: em madeireiras. São sobras da fabricação de toras de peroba.
8) caroço de açaí
o que é: semente da palmeira muito comum na região amazônica.
Vantagens: é barato e abundante, na região de origem dessa palmeira (belém e outras cidades do pará). Conserva a acidez num nível bom para as orquídeas e retém a quantidade ideal de adubo e de umidade. Também não possui excesso de tanino ou outras substâncias tóxicas.
Desvantegens: em regiões úmidas, deteriora-se com muita rapidez devendo ser trocado, pelo menos, a cada 2 anos. As orquídeas devem ficar em local coberto para que o substrato não encharque. Não é encontrado tão facilmente em outras regiões do país.
Durabilidade: 3 anos
é indicado para: todos os gêneros de orquídeas cultivados no brasil.
Retém umidade? Sim
adubação: quinzenal
onde é encontrado: norte.
9) coco desfibrado
o que é: produto feito a partir de cocos que sobram da comercialização da água e são vendidos em estado rústico.
Vantagens: contém macro e micro nutrientes importantes para o crescimento e desenvolvimento da planta. Possui várias opções em vasos e outros formatos ‘a venda. Há versões vendidas sem o excesso de tanino, substância que pode queimar as raízes.
Desvantegens: ñ retém muito adubo e é carente de nitrogênio. Não é recomendado para regiões frias e úmidas porque retém muita água e as raízes podem apodrecer.
Durabilidade: +/- 3 anos.
É indicado para: miltonias, oncidium e micro-orquídeas.
Retém umidade? Sim
adubação: semanal
onde é encontrado: mercados e lojas de jardinagem.
10) fibra de coco prensada
o que é: produto industrializado feito a partir do coco desfibrado. Pode ser encontrado em forma de vasos, pequenos cubos, bastões, placas ou fibras. Um dos mais conhecidos é o coxim, que tem causado muita polêmica entre os orquidófilos. Alguns acham que é o substituto ideal para o xaxim, já para outros ele não é recomendável porque encharca. O nome é uma referência ao material utilizado (coco + xaxim)
vantagens: conserva a acidez num nível bom e necessita de poucas regas, pois é muito absorvente. Demoram mais para aparecer crostas verdes (uma espécie de musgo) comuns nos xaxins e que, em excesso, podem prejudicar a planta. É ideal para regiões mais secas e quentes.
Desvantegens: não retém muito adubo e é carente de nitrogênio. Ao absorver a água, o coxim aumenta um pouco de tamanho e se expande.
Ao secar, volta ao seu volume original. Por esta razão, os cubos devem ser colocados de forma desarrumada e não socados em vasos, para não estoura-los.
O excesso de tanino pode queimar as raízes. Não é recomendado para regiões frias e úmidas porque retém muita água e as raízes podem apodrecer.
Durabilidade: +/- 5 anos (em regiões de clima seco)
é indicado para: miltonia, phalaenopsis e vanda.
Retém umidade? Sim
adubação: quinzena
onde achar: nordeste
11) tutor vivo
o que é: árvores de casca rugosa, como o abiu, o marmelo, a jaqueira, a romãzeira, a figueira, a gabirobeira, o limão cravo, entre outras.
Vantagens: é o substrato que melhor imita as condições naturais das florestas. É excelente para compor situações de paisagismo e cultivo.
Desvantegens: torna inviável transportar as orquídeas para outros lugares, como exposições, por exemplo.
Durabilidade: enquanto a árvore estiver viva.
É indicado para: todas as orquídeas epífitas (que crescem em árvores), como a cattleya labiata, a cattleya aclandiae, a laelia purpurata e a dendobrium nobile, entre outras. Só é preciso levar em consideração o clima do lugar. Não adianta colocar uma orquídea que gosta de umidade numa árvore em pleno cerrado, por exemplo.
Retém umidade? Sim
adubação: mensal
onde é encontrado: nas matas
12) casca da cajazeira
o que é: casca da árvore frutífera cajazeira (spnodias venulosa). As indicadas são as grossas e duras que evitam os cupins e as brocas.
Vantagens: os vãos nas cascas seguram a umidade que ajuda no enraizamento. A casca é renovável, o que a torna ecologicamente correta.
Desvantegens: é difícil de encontrar. Decompõe-se facilmente por causa da umidade, do calor e das bactérias. Uma outra preocupação é o tanino. Elemento prejudicial que precisa ser eliminado.
Durabilidade: mais de 5 anos.
É indicado para: cattleya walkeriana e cattleya nobilior.
Retém umidade? Não
adubação: semanal
onde é encontrado: em quase todo o litoral nordestino e no sudeste.
A retirada da casca não prejudica a árvore por que ela é renovável.
13) casca de sambaiba
o que é: casca da curatella americana, uma arvoreta de 3 m de altura parecida com o cajueiro, mas que não dá frutos.
Vantagens: a casca é renovável, o que a torna ecologicamente correta.
Desvantegens: na hora da coleta, pode gerar acidentes pois dentro da casca vivem animais peçonhentos como escorpiões.
Durabilidade: mais de 3 anos.
É indicado para: cattleya
retém umidade? Não
adubação: quinzenal
onde é encontrado: em todo o cerrado brasileiro e alguns estados do nordeste.
14) esfagno - fique de olho
apesar de serem apontados como substitutos para o xaxim, estas opções apresentam alguns problemas. É um musgo retirado da beira dos rios, usado para cultivar mudas de orquídeas a partir de sementes. Apesar de ser encontrado em lojas especializadas, sua coleta é proibida pelo ibama e ainda não há cultivadores desse tipo de substrato no brasil. Quem compra esfagno está contribuindo para uma ação extrativista não controlada, igual à que ocorre com o xaxim.
15) piaçava – fique de olho
obtida da sobra na fabricação de vassouras, é um dos substratos que muitos orquidófilos estão olhando com desconfiança. “quem já usou, gostou enquanto ela era nova, mas com menos de um ano, surgiram problemas. Por isso, por enquanto é bom evita-la”, recomenda erwin bohnke.
O problema a que ele se refere foi o aparecimento de um fungo que destrói as raízes da planta. Apesar dessa primeira experiência negativa, ela ainda está em estudo e não foi descartada. “no caso da piaçava, falta mais pesquisa. Talvez algum pré-tratamento transforme-a em um substrato eficiente”, diz bohnke.
Os pré-requisitos necessários
Para substituir com eficiência o xaxim, o substrato alternativo deve ter as seguintes qualidades:
- reter bem os nutrientes depois de cada adubação para libera-lo aos poucos.
- ser facilmente encontrado no mercado.
- não possuir substâncias que sejam tóxicas para a planta.
- sustentar a planta com firmeza.
- permitir uma boa aeração para raízes.
- reter água na quantidade ideal, sem encharcar.
- manter o ph equilibrado.
- durar de 2 a 3 anos, pelo menos.
Como é difícil encontrar uma opção que reúna todas estas características, a solução é unir um substrato que retenha muita umidade com outro que retenha pouca umidade. Assim, é mais fácil produzir um equilíbrio para a planta.
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