sexta-feira, 24 de setembro de 2010

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Uma matéria interessante do Orquidário Cuiabá.... Leiam com atenção pois é bem interessante mesmo!!!

“Além da alegria, a coisa boa de ensinar biologia durante anos foi aprender a cada dia mais.  A coisa ruim é explicar tudo agora para adultos tão explicitamente como se fossem adolescentes.
Quando ensinava, comecei o ano escolar com uma experiência laboratorial onde os alunos diluíam aspirina (uma dose para adultos de 325 mg) em água, e regavam rabanetes, aveia ou qualquer vegetal de crescimento rápido com essa solução.   A experiência nunca falhava.
A diluição forte (1 parte de aspirina para 1.000 partes de água) parava o crescimento; os grupos regados com a diluição média (1/10.000) cresciam notavelmente melhor que o grupo de controle regado somente com água; e os grupos regados com a diluição fraca (1/100.000) não cresciam mais do que o grupo de controle.
Os estudantes aprenderam que a aspirina contém salicina  (C13  H18  O7), encontrada na casca do salgueiro.  Os Índios Nativos de América do norte mastigavam talos de salgueiro para se livrar das dores de cabeça, e posteriormente os botânicos perceberam que alguns capins e outras plantas aquáticas que cresciam nas margens dos rios entre as raízes dos salgueiros cresciam melhor e amadureciam mais depressa devido à salicina.  Transforme a salicina em ácido salicílico e pronto ! surge a aspirina.  Literatura recente indica que a aspirina também é agente efetivo no tratamento de algumas infecções fúngicas.
Faz um ano, armado com toda essa informação, comecei a tratar nossa coleção de orquídeas  com uma dose semanal de aspirina. Percebi que podia multiplicar a boa diluição de 1/10.000 acrescentando três quartos de aspirina por galão de água (um galão, medida americana corresponde a 3,783 litros). Temos umas 2.000 orquídeas, então usei 15 aspirinas para os 20 galões do reservatório do aspersor.
Na fase de crescimento acrescentei 6 colheres de sopa de fertilizante sólido e um jato de Whisk ou Dawn.  No inverno usei 3 colheres de fertilizante sólido (desculpem as reiterações do professor, mas uma aspirina completa por galão vai brecar o crescimento, e também não se deve usar este sistema se a sua água tem teor ácido. Nossa água tem normalmente um pH de 9.0 e a aspirina abaixava o nível do pH para 8.6).
As orquídeas recebiam regas ou água de chuva normalmente durante a semana.
Para fazer 12 galões de solução fertilizante, combine 9 aspirinas com 12 galões de água; para 4 galões acrescente 3 aspirinas em 4 galões de água; e para fazer somente 1 galão dilua 1 aspirina num copo de água, jogue fora 1/4 dele e então acrescente água para completar 1 galão.
Nossas plantas tiveram mais floração, maior crescimento e menos problemas de fungos desde que a aspirina se tornou parte de nosso trato cultural.  A única mudança tem sido acrescentar aspirina uma vez por semana. Pode ser a redução do pH, ou quiçá a mágica que dilui o nosso sangue e para as dores e sofrimentos que também nos ajuda a cultivar melhores orquídeas.
A outra coisa que aprendi e que venho usando por vários anos provem de um projeto de ciências de um dos meus alunos.  Não se aplicava a orquídeas, mas as seis ou mais variedades de plantas de jardim  tratadas demonstraram que o maior aproveitamento metabólico acontece às 11 hs e era melhor aplicar o fertilizante (e o herbicida também) nesse horário.
OBS.: 1 galão norte-americano eqüivale a 3,785 litros”
Colaboração recebida via email da orquidófila 
Sandra Soares, de Volta Redonda/RJ.
Com o comentário do orquidófilo e com certeza orquidólogo, Hélio R. Magaldi, esclarece que “3/4 de Aspirina (ácido acetilsalicílico da Bayer) 325 mg equivale à 243,75 mg. Isto é praticamente a metade de uma Aspirina de 500 mg (a versão adulta comercializada no Brasil). Logo, para atingir os 243,75 mg, basta fracionar um comprimido de 500 mg em dois e utilizar uma das metades em 3,785 lts (1 galão – medida americana). Estou fazendo assim: metade de uma aspirina 500 mg diluída em 4 litros.
A Aspirina 500 mg, dose para adultos no Brasil, é tida como “extra forte” nos EUA. Neste país, a concentração baixa é de 81 mg -low-dose – no Brasil é de 100 mg (infantil). Veja mais emhttp://www.wisegeek.com/what-is-the-appropriate-aspirin-dose.htm
A página http://www.plantea.com/plant-aspirin.htm traz a experiência de Martha McBumey com o uso de ácido acetilsalicílico em diferentes culturas. Em algumas (tomate e brócolis) associando à solução de água-Aspirina uma pequena dose de sabonete líquido suave para que houvesse uma melhor aderência da mistura à planta. Diz ali que ao aplicar a solução de Aspirina-água em certas sementes plantadas em solo , houve 100% de germinação, o que não teria acontecido em outra área de solo com o mesmo tipo de semente. Interessante.”
“Plantas sob estresse produzem sua própria ‘aspirina’, diz estudo
Uma equipe de pesquisadores americanos descobriu acidentalmente que algumas plantas são capazes de lançar no ar um gás de composição similar à de um dos analgésicos mais utilizados pelo ser humano, a aspirina, quando ameaçadas por perigos como estiagem, mudanças drásticas de temperatura ou pragas de insetos.
Os cientistas do Centro Nacional para a Investigação Atmosférica do Colorado concluíram que, da mesma forma que os seres humanos usam o ácido acetilsalicílico (nome científico da aspirina) para baixar a febre,as plantas lançam no ar uma substância química parecida com o analgésico para melhorar suas defesas e se recuperar de alguma lesão.
“Os cientistas dizem que quantidades significativas de substâncias químicas podem ser detectadas na atmosfera quando as plantas respondem a secas e outros perigos”, disse o repórter da BBC, Richard Hamilton.
Os especialistas destacaram em artigo na revista Biogeosciences que os agricultores poderiam se beneficiar desse fenômeno porque a presença de emissões de salicilato de metila tem potencial para dar aos fazendeiros um alerta antecipado para possíveis dificuldades em seus cultivos, permitindo que eles tomem medidas contra pragas, por exemplo.
A substância química liberada também pode ajudar as plantas a sinalizarem um possível perigo umas para as outras.
“Esta descoberta traz uma prova de que a comunicação entre plantas ocorre no nível do ecossistema, disse Alex Guenther, co-autor do estudo.
“Parece que as plantas têm a habilidade de se comunicar através da atmosfera.”
A equipe disse que descobriu a presença da substância química acidentalmente quando estava monitorando emissões de compostos orgânicos voláteis em uma plantação de nogueiras na Califórnia. (Fonte: Estadão Online)”
Colaborou  Katia Maria de Niterói/RJ – ref. publicação dia 20/09/2008,  no http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=40797
A História da Aspirina – Uma medicação antiga que continua atual.
Autor: Dr. José Carlos Carneiro Lima
Em 1757, o Mr Edmund Stone um inglês natural de Oxfordshire, provou a casca do salgueiro e ficou surpreso com o seu intenso sabor amargo.
Sua semelhança com o sabor da casca do “Peruvian” (Cinchona) – um remédio raro e muito caro utilizado para malária – chamou a atenção de Stone, levando-o à iniciar uma observação clínica cuidadosa, que durou seis anos e culminou com uma carta ao Honorável George Conde de Macclesfield Presidente da “Royal Society” relatando sua descoberta. Stone baseou-se na teoria de que muitas doenças naturais carregam com elas sua cura, ou que sua cura não está muito distante da sua causa.
O salgueiro, assim como as doenças febris, são abundantes nas regiões úmidas. Apesar de não saber, o que ele acabava de descobrir era que os salicilatos – termo geral para os derivados do acido salicílico – reduziam a febre e aliviavam as dores produzidas por uma variedade de doenças agudas que provocavam calafrios, como a malária. A casca do salgueiro (Salix alba) é adstringente porque contém grande quantidade de salicina, o glicosídeo do ácido salicílico.
Em 1833, Raffaele Piria deu ao composto o nome pelo qual é conhecido até hoje: ácido salicílico. Durante o século 19, os cientistas franceses e ingleses estavam muito à frente dos alemães no que dizia respeito ao estudo de produtos naturais porém, o “know-how” de produtos sintéticos era dominados pelos alemães. Em 1859, Hermann Kolbe e seus estudantes, na Universidade de Marburg, sintetizaram o ácido salicílico e seu sal sódico, a partir de fenol, dióxido de carbono e sódio. Em 1874, um desses estudantes, Friedrich von Heyden, fundou a primeira grande empresa dedicada à produção salicilatos sintéticos em Dresden.
Enquanto em 1870 o preço do ácido salicílico, feito a partir do salicina, era 100 Thaler por kg, em 1874 o preço do produto sintético era 10 Thaler por kg. Foi a disponibilidade de um ácido salicílico barato que possibilitou a propagação do seu uso.
aspirina, o salicilato mais conhecido hoje, entrou nessa competição razoavelmente tarde. Sua descoberta, em 1898, deveu-se ao fato do pai de Felix Hofmann, um químico do ramo de tinturaria da divisão Bayer, ser portador de artrite e não tolerar o salicilato de sódio devido a uma irritação crônica do estômago.
Hofmann foi buscar na literatura um derivado do salicilato de sódio que fosse menos ácido e deparou-se com o ácido acetil salicílico que era também mais palatável e mais efetivo para seu pai.
Atualmente, o salicilato mais usado é o ácido acetil salicílico, mais conhecido pelo nome comercial, “Aspirin”, (“a” de acetil e “spirin” do alemão Spirsaure), registrado pela Bayer.
Em 1899, não havia indústria química no mundo capaz de competir com os cartéis alemães. Eles haviam ganhado a guerra da aspirina e podiam ditar os termos da vitória.
No início da década de 90, os americanos consumiram cerca de 80 milhões de comprimidos/dia = 59 bilhões de comprimidos/ano e gastaram em torno de 29 bilhões de dólares/ano com analgésicos, muitos dos quais continham aspirina ou substâncias assemelhadas.Mecanismo de ação:
A primeira explicação satisfatória para o mecanismo de ação da aspirina foi proposta, em 1971, por John R. Vane e colegas do 
Royal College of Surgeons em Londres. Vane havia observado o fato de que muitas formas de dano tecidual (como o rubor e calor, e dos que são sinais de inflamação) eram seguidas pela liberação de prostaglandinas, um grupo de hormônios ubíquos produzidos pela oxidação enzimática do ácido aracdônico, um ácido graxo contido na membrana celular.
As  prostaglandinas são liberadas quando as células são lesadas ou estimuladas por outros hormônios. Vane então, utilizou ácido aracdônico marcado radioativamente para demonstrar que a aspirina e drogas a ela relacionadas (chamadas de antiinflamatórios não esteróides = AINEs) inibiam a síntese de prostaglandinas.
Talvez o aspecto mais persuasivo da hipótese das prostaglandinas, tenha sido a explicação dos efeitos colaterais dos AINEs.
O efeito colateral mais freqüente do ácido acetilsalicílico, é a irritação e ulceração gástrica.
Tais drogas causam esta irritação porque bloqueiam a síntese das prostaglandinas necessária à mucosa gástrica para regular a superprodução de ácido e sintetizar a barreira de muco que previne sua auto digestão.
A hipótese da prostaglandina explica o efeito antitrombótico de pequenas doses de aspirina, e o efeito analgésico e antipirético de doses intermediárias. Contudo, muita coisa ainda pode vir a ser aprendida sobre a biologia destes compostos na medida que eles interagem com sistemas cruciais das células.
Indicações:
Stone observou ainda que tais compostos exibiam um amplo espectro de efeitos:
Em baixas doses = de 85mg a 325 mg/dia – a aspirina pode ser usada para tratar e prevenir ataques cardíacos e na prevenção de trombose cerebral; 500mg a 4g (2 a 8 comprimidos de aspirina) Dois a seis comprimidos/dia são eficazes para dor ou febre;
Doses mais altas reduzem o rubor e o edema das articulações em doenças como a febre reumática, a gota e a artrite reumatóide.
A aspirina e os salicilatos têm, também, muitos outros efeitos biológicos, somente alguns relacionados com seus usos clínicos.
Os salicilatos podem:
-Tratar calosidades;
-Provocar a perda de acido úrico pelos rins;
-Matar bactérias “in vitro”.
A Aspirina na Medicina:
-Inibe a coagulação sanguínea;
-Induz úlcera péptica;
-Promove retenção de fluidos pelos rins.
-Prevenção das Doença Arterial Coroanariana e
-Acidente Vascular Cerebral.
Na Biologia Celular:
-Inibição do transporte de íons através de membranas celulares;
-Ativação de células brancas;
-Alteração na produção de ATP mitocondrial.
Na Biologia Molecular
-Ativação gênica.
Na Botânica
-Indução da floração.
Garret A. Fitzgerald e John Oates da Vanderbilt University School of Medicine mostraram que a aspirina, em pequenas doses, pode reduzir o risco de coagulação prevenindo AVCs e ataques cardíacos. Nenhuma outra descoberta, advinda da hipótese de Vane, obteve maior impacto na saúde pública.
Entrevista com Dr. Gilson Feitosa – Professor titular III Disciplina de Clínica da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública; Presidente SBC – 1999-2001.
1. 
Qual a incidência das doenças cardiovasculares no Brasil?
R.:  São responsáveis por cerca de 300 mil óbitos ao ano, esse dados são obtido através de levantamento de atestados de óbitos, isto coloca as doenças cardio-vasculares – DCV como a principal causa de óbitos no Brasil nos dias atuais e já a muito tempo desde os anos 60. Entre as doenças cardiovasculares destaca-se as doenças isquêmica do coração e as doenças cerebro-vasculares como as mais importantes, a peculiaridade no Brasil de ainda contarmos em algumas regiões com doenças ligadas a aspectos carenciais como por exemplo a doença reumática no coração e doença de chagas.
2. 
Quais são seus fatores predisponentes?
R.: Os fatores predisponentes para a cardiopatia isquêmica cardiovascular são:
hipertensão arterial, tabagismo e dislipidêmias, todos estes fatores de risco concorrem para o aparecimento de aterosclerose vascular, que é a doença básica,  determinando doença arterial coronariana e doença dos vasos cerebrais.
3.
 Como prevení-los? Existe forma de prevenção usando medicamentos?
R.: Existem duas formas identificadas de prevenção, uma que é dita primária, que é mais abrangente e aplica-se as pessoas que tendo os fatores de risco ainda não tiveram manifestações da aterosclerose. A segunda forma é a prevenção secundária onde se aplica a pessoas que já tiveram infarto do miocárdio,
em ambas, as formas de prevenção recomenda-se  mudanças do estilo de vida que resultem em abolição do tabagismo (cigarro), dietas saudáveis com redução de gorduras saturadas, controle de peso e prática regular de exercícios.
Ocasionalmente na fase primária e freqüentemente na secundária recorre-se ao uso de medicamentos tais como, antihipertensivos e hipolipemiantes.
4. 
Qual a real importância da aspirina como droga preventiva das DCVs (Doenças cardiovasculares)?
R.: A aspirina tem papel comprovado na prevenção de eventos cardiovasculares, tanto em prevenção primária e principalmente na secundária. São clássicas as observações dos estudos médicos realizados nos EUA, com prevenção primária, e são numerosos os estudos de prevenção secundária que demonstram que a aspirina em doses que variam de 100 a 300 mg/dia são capazes de reduzir muitos desses eventos.
Fonte:  Boletim científico de Medicina Laboratorial – publicação quadrimestral, ano 14, nº01, 1º quadrimestre 2003;  do LPC- Laboratorio de Patologia Clínica, de Salvador/Bahia.Atenção: O Orquidario Cuiabá recomenda – não faça uso de medicamentos sem que tenham sido receitados por profissionais de Saúde Pública.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010


    
RINCHOLAÉLIA DIGBYANA (EX - BRASSÁVOLA DIGBYANA)
     
RINCHOLAÉLIA GLAUCA (EX - BRASSÁVOLA GLAUCA)    
     
         BRASSÁVOLA NODOSA
     
 PHALAENOPSIS

O SEGREDO DAS ORQUÍDEAS!!!

Por sua beleza, seu perfume e grande variedade de espécies, as orquídeas sempre fascinaram os seres humanos.
 Descobriu-se agora que elas existem há 85 milhões de anos e estão entre as mais velhas plantas do planeta
Seduzidos pela beleza natural das orquídeas, botânicos e floristas sempre souberam que existe algo muito especial nessas top models do mundo das plantas. Agora, a história dessa vedete floral terá de ser reescrita: novas descobertas sugerem que as orquídeas surgiram quando os dinossauros ainda percorriam a superfície do planeta - muito antes do que se acreditava, portanto.

Investigando na República Dominicana, uma equipe de cientistas encontrou, perfeitamente preservados no interior de uma pedra de âmbar, grãos do pólen de uma orquídea grudados nas asas de uma abelha de 20 milhões de anos. Até então, os botânicos especializados em história das plantas eram obrigados a basear os seus cálculos em alguns poucos exemplares fossilizados na tentativa de detectar a origem dessas plantas, mas a descoberta, recém- publicada pela revista científica Nature, sugere que as orquídeas surgiram em tempos muito remotos, mais especificamente há 85 milhões de anos. A família das orchidaceae, ou orquídeas, foi batizada a partir da palavra grega orchis, que significa testículos, uma referência às sugestivas raízes em forma de bulbos que a planta possui. As orchis apareceram pela primeira vez num livro de história natural escrito pelo grego 

Teofrastos, o "pai da botânica". Essa família é a maior e mais diversificada de todo o universo das plantas florais, com mais de 25 mil espécies observadas até agora. A cada ano, cerca de 300 novas espécies são acrescentadas à lista, e alguns cientistas estimam que mais de cinco mil novas orquídeas ainda não foram descobertas. Mais de 100 mil orquídeas híbridas já foram cultivadas por especialistas em floricultura. 

Alguns cientistas estimam que mais de CINCO MIL NOVAS orquídeasainda não foram DESCOBERTAS. 

As orquídeas estão divididas em grupos de acordo com o modo pelo qual obtêm seus nutrientes. Muitas são epífitas perenes, que fixam suas raízes em outras plantas, quase sempre em árvores. As orquídeas litófitas crescem sobre rochas, tirando o seu sustento do ar, da chuva e inclusive dos seus próprios tecidos mortos. Existem também as orquídeas terrestres, que crescem na terra. Embora possam parecer frágeis, as orquídeas são muito resistentes e evoluíram para viver em todos os habitats, com exceção da água e dos desertos, e em todos os continentes, com exceção da Antártica. ASchomburgkia tibicinis, por exemplo, é uma litófita cujas flores possuem caules que podem atingir três metros de altura, de modo que possam atrair agentes polinizadores. Essa orquídea também hospeda exércitos de formigas no interior oco de seus bulbos. Esses insetos, em retribuição, defendem a planta contra outros insetos herbívoros e pragas que se nutrem de suas folhas. A espécie australiana Rhizanthella gardneri é fertilizada no subsolo, onde ela vive e floresce, sem nunca conhecer a luz do dia.

 ALGUMAS ORQUÍDEAS são fertilizadas por pássaros ou morcegos, mas a grande maioria - precisamente 86% delas - é polinizada por insetos. A Cymbidium ostenta uma mancha amarela que parece oferecer alguns tentadores bocados de pólen às abelhas polinizadoras. Quando elas chegam e tentam mastigar a isca decorativa, a orquídea deposita o pólen real nas costas do inseto. A orquídea erva-mosca (Ophrys bombyliflora) evoluiu de modo a parecer e a ter o cheiro de uma abelha fêmea, a tal ponto que os machos tentam copular com ela. Não só abelhas MEIO AMBIENTE e botânicos foram seduzidos pela orquídea. Os pássaros-jardineiro machos da Nova Guiné decoram a entrada dos seus ninhos com flores de orquídea. 

Os antigos chineses foram dos primeiros a utilizar orquídeas na medicina. Eles as consideravam as mais aristocráticas dentre as plantas, e seu perfume simboliza virtude e sabedoria. O filósofo Confúcio disse certa vez que "ligar-se a uma pessoa superior é como entrar em um jardim de orquídeas". 

Escritos do inglês John Parkinson, de 1640, revelam que as orquídeas estavam entre as drogas vendidas em Londres (Inglaterra) para a cura de febres, inchaços e feridas. Durante muito tempo, acreditou-se também que as orquídeas possuíam poderes afrodisíacos. Um antigo filósofo grego afirmava que as raízes terrestres de uma espécie, batizada com o nome do deus da fertilidade Príapo, possibilitavam ao homem ter até 70 relações sexuais consecutivas. Influenciados por essa propaganda certamente bastante enganosa, libertinos otimistas da época quase levaram a planta à extinção. 

Charles Darwin, o teórico evolucionista e grande entusiasta das orquídeas, foi ridicularizado pelo seu colega naturalista Thomas Huxley quando descreveu corretamente como a espécie Catasetum saccatumlança o seu saco de pólen viscoso na direção dos insetos. Muitos outros também duvidaram quando ele predisse a existência de uma mariposa com uma tromba longa o bastante para penetrar os 30 centímetros do canal que conduz ao reservatório de néctar da Angraecum sesquipedale (também conhecida como "Orquídea de Darwin"), que é impenetrável para outros insetos.
Vinte anos mais tarde, cientistas descobriram a mariposa-falcão (Manduca sexta), cuja tromba tem anatomia perfeita para a função. O segredo das orquídeas, por sua beleza, seu perfume e grande variedade de espécies, as orquídeas sempre fascinaram os seres humanos. Descobriu-se agora que elas existem há 85 milhões de anos e estão entre as mais velhas plantas do planeta. 

Comerciantes e colecionadores de orquídeas gastam milhões todos os anos na aquisição de espécies exóticas e estima-se que globalmente o volume de negócios com orquídeas movimente cerca de US$ 1 bilhão por ano. O maior pagamento já efetuado pela compra de uma única planta foi de 1.500 libras esterlinas, em 1890 - o equivalente ao valor atualizado de 100 mil libras esterlinas. Nos leilões de flores realizados na Holanda, os compradores movimentam em torno de 37 milhões de libras esterlinas por ano, apenas para orquídeas cultivadas. 

EM VÁRIOS PAÍSES da Europa, sobretudo na Inglaterra, as orquídeas são as flores para decoração mais populares. Muitas orquídeas cortadas, que podem sobreviver na água durante até seis semanas, são importadas de Taiwan, da Holanda e da Tailândia. Taiwan, por sinal, é o maior exportador mundial de orquídeas. O país organiza uma grande feira internacional dessas flores, na qual a maioria das orquídeas pertence à família dasPhalaenopsis.

QUANDO O NATURALISTA britânico William Swainson enviou para o seu país uma caixa postada no Rio de Janeiro, em 1818, contendo mudas de uma orquídea, toda a Londres vitoriana se encantou com as flores que elas produziram. A planta, batizada com o nome de Cattleya labiata em homenagem ao botânico que a descobriu, William Cattley, foi cultivada até a floração, sendo o ponto de partida para uma verdadeira mania de caça a espécies ainda mais exóticas. Muitos viveiros ingleses mandaram caçadores de orquídeas a países distantes, em viagens que duraram anos, para coletar plantas em pantanais remotos e em cadeias de montanhas. Na metade do século 19, o "caçador" checo Benedict Roezl deu a volta ao mundo para coletar mais de 800 espécies de orquídeas.

Hoje, cerca de 40 plantas trazem o seu nome. Mais ou menos na mesma época, o botânico inglês John Day devotou toda a sua vida às plantas, criando uma série de mais de 50 álbuns contendo cerca de três mil belíssimos e bem detalhados desenhos e aquarelas. Ainda hoje, a caça à orquídea é um grande negócio. Em 2001, uma equipe de pesquisadores na Amazônia peruana descobriu uma nova espécie (Phragmipedium kovachii), cujas incríveis flores de cor púrpura causaram sensação em toda a comunidade orquidófila, ganhando manchetes até no jornal The New York Times. Logo, os espécimes foram contrabandeados para fora do Peru, e vendidos por dezenas de milhares de dólares por comerciantes inescrupulosos. 

Baunilha, uma orquídea comestível !

A baunilha é um raro exemplo de uma orquídea utilizada como alimento. As sementes e a polpa encontradas nas bagas da baunilha são usadas para a produção do extrato de baunilha, a maior parte do qual é produzida em Madagáscar. A ilha exportou três milhões de toneladas dessa essência em 2005, quase toda ela destinada à Coca-Cola - essa empresa norte-americana de refrigerantes é a maior consumidora mundial do extrato de baunilha. Na Turquia, um sorvete feito com salep (farinha produzida a partir dos tubérculos de orquídeas selvagens secas) é tão popular que o seu comércio está ameaçando a própria sobrevivência da planta no futuro - são necessárias mil orquídeas para se produzir um único quilo da farinha. A sobremesa é chamada salepi dondurma (sorvete de testículo de raposa).

PRINCIPAIS DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS E BACTÉRIAS

De modo a simplificar o diagnóstico, vamos relacionar as doenças e seu controle, pelos sintomas causados em cada parte das plantas.

Podridões de Raízes, Rizomas e Pseudobulbos
 
Podridão Negra Bacteriana

Causada por um ou mais espécies de bactérias do gênero Erwinia, esta doença ataca desde Cattleyas até Phalaenopsis, Cymbidium, Oncidium e Vanda, dentre muitos outros. É muito frequente no Brasil, exceto talvez em Phalaenopsis, onde é frequentemente confundido com a Podridão Parda provocada
 por outra bactéria (Pseudomonas spp, ver adiante).

É extremamente letal, causando surgimento de manchas negras, com aspecto aquoso, e cheiro repulsivo. É de desenvolvimento rápido, tomando conta da planta em poucas semanas, levando-a à morte. Muitas vezes provoca um colapso da estrutura das folhas, ficando estas totalmente amolecidas e murchas.

O controle é complicado, muitas vezes resumindo-se a isolar ou incinerar a planta. Uma maneira de evitar que a doença se espalhe no orquidário é diminuir a umidade, melhorando a ventilação. Em casos graves, pulverizar as plantas com Truban ou Physan (não disponíveis no Brasil), ou Agrimicina.
Podridão Negra

Causado por dois tipos de fungo que vivem no solo (Pythium ultimum e Phytophtora cactorum). Afeta quase todas as espécies cultivadas, e outras plantas.

Caracteriza-se por manchas escuras, geralmente nos rizomas e pseudobulbos, de consistência mole, e que crescem até provocar a morte da planta. Geralmente liquida a planta num prazo de 1 a 2 meses. Muitas vezes inicia o ataque pela junção das folhas com os pseudobulbos, derrubando a folha ainda verde. Nos coletivos, é a principal causa mortis, chegando a liquidar todas as plantas do vaso em poucos dias.

Sendo um fungo de solo, a melhor maneira de previnir essa podridão, é manter as plantas longe do solo, com as bancadas acima de 50cm de altura.

Desinfetar o substrato (com água fervente) antes de plantar os coletivos.

Não reutilizar vasos sem desinfetar. Atenção para a procedência do xaxim.

Embora o controle seja difícil na planta já contaminada, pode-se separá-la das demais, cortar as partes atacadas, polvilhando um antisséptico em pó (canela em pó também funciona), e pulverizando a planta com um fungicida sistêmico, como o Alliette (Rhone-Poulenc), a cada 30 dias, por 3 meses. Pulverizar também as plantas que estavam próximas da planta atacada. Nos EUA existe um produto muito bom para salvar plantas atacadas, denominado Subdue.
Podridão por Fusarium e Rhizoctonia

Também conhecida por "canela seca", por originar-se geralmente como uma podridão seca nas raízes das plantas, subindo pelo rizoma e atingindo os pseudobulbos, onde geralmente tem evolução lenta. Por matar as gemas, a planta sofre um longo processo de decadência, culminando com a morte após 1 ano ou mais. Às vezes, a planta cresce mais rapidamente do que a velocidade de invasão de tecidos sãos, o que faz com que permaneça com vida por diversos anos. Entretanto, caso não tratado, a "canela seca" tira o vigor da planta, acabando por provocar o descarte da mesma. A Fusiariose é causada pelo fungo Fusarium oxysporum, ao passo que a podridão por Rhizoctonia é causado pelo fungo Rhizoctonia solani (o mesmo que destrói tomateiros e culturas de batata).

A principal diferença nos sintomas destes dois patógenos, é o fato da Fusariose provocar o surgimento de um anel ou mancha, de colorido vermelho ou violeta, no rizoma, facilmente visível ao se cortar essa parte da planta.

A infecção se dá geralmente por substrato ou vasos contaminados, donde vem a necessidade de utilizar materiais limpos e desinfetados (com solução de cloro, água fervente ou lisofórmio). As ferramentas de corte também transmitem essa doença.

O controle, uma vez constatado o ataque, é isolar as plantas doentes, cortar bulbos/rizomas afetados, e pulverizar com fungicida sistêmico, sendo eficazes o Cercobin e o Derosal 500.
Manchas Foliares

Existem diversos agentes, com sintomas muito parecidos. Os principais, de origem fúngica são a Antracnose, que se caracteriza por manchas negras, de formato arredondado (às vezes em forma de "leaf die-back" ou morte apical de folha), a Cercosporiose (manchas amareladas, que depois ficam com o centro salpicado de preto, chegando a ficar todo preto.

Embora tenha evolução rápida, e cause prejuízos de monta - principalmente no aspecto das plantas - essas doenças geralmente não causam a morte da planta, e podem ser combatidas com sucesso com o uso de fungicidas sistêmicos como o Benlate e o Cercobin.

Deve-se também cortar e eliminar quaisquer partes da folhas atacadas, usando-se uma gilete nova para cada planta, polvilhando-se o corte com Anaseptil ou mesmo canela em pó.
Mancha Bacteriana dos Phalaenopsis

Essa é a doença mais importante dos Phalaenopsis, chegando a liquidar coleções inteiras, em poucos meses.

É causado pela bactéria Pseudomonas cattleyae, e seus sintomas no início são de manchas pardas circulares nas folhas, com aspecto aquoso, que cresçem rapidamente, até atingir o centro da planta. Uma vez atingido o centro da planta, a mesma está condenada, e morre dentre de alguns meses.

Algumas plantas chegam a florir nesse período, talvez numa tentativa desesperada de se reproduzir e garantir a continuidade da espécie.

O controle involve desde fatores de cultivo, tais como ventilação, temperatura ambiente adequada, manutenção das folhas secas, principalmente à noite, até o controle químico, com produtos especializados (Physan, Captan, Truban).

Para coleções pequenas, um método relativamente eficaz de controle é cortar as partes atacadas da folha, com gilete nova, polvilhando-se o corte com canela em pó. Pode-se também ferir a área atacada com um objeto ponteagudo, e polvilhar igualmente com canela em pó.
Pintas nas Flores

Causado por um fungo (Botrytis cinerea), esta mancha ocorre principalmente durante o inverno, sobretudo em orquidários com ventilação deficiente.

O ataque inicia-se com minúscula pintas marrons nas flores, que cresçem até destruir totalmente a flor. Não afeta outras partes da planta.

O controle é fácil, aumentando-se a temperatura e ventilação do ambiente onde as plantas floridas ficam, durante o inverno. Eliminar prontamente todas as flores afetadas. Pulverizar com Cercobin.
Uso de Fungicidas como Preventivo

Para previnir, até certo ponto, o aparecimento de doenças fúngicas nas plantas, pode-se pulverizar fungicidas de contato (sem ação sistêmica), a cada 60 ou 90 dias. Recomenda-se o Dithane M-45, Manzate 80 ou Daconil.

Procurar alternar o princípio ativo entre aplicações.

Caso haja um histórico do aparecimento de determinadas doenças em certas plantas ou em certas épocas do ano (caso de Botrytis e Cercospora, no inverno, e Pseudomonas, em Phalaenopsis, durante o ano todo), pode-se aplicar um fungicida sistêmico de forma preventiva. Recomenda-se o Cercobin e Alliette. Entretanto, não se deve repetir, seguidamente, a aplicação de sistêmicos de mesmo princípio ativo, de modo a evitar o surgimento de resistência.

sábado, 18 de setembro de 2010

SEMEADURA DE ORQUIDEAS!!!! BOA PEDIDA DE COMO FAZER VOCÊ MESMO!!! APROVEITEM!!!

MEIO DE CULTURA – 1 LITRO

120 a 150 gramas de banana com casca.
1 tomate rasteiro (comprido) ou 5 cereja.
50 ml de água de coco (ideal que seja do coco verde) – mas pode ser de caixinha.
80 gramas de amido de milho – maisena. (substituto do Agar )
15 gramas de açúcar cristal.
1 grama de petter ou plant prod 20-20-20
1 grama de petter ou plant prod 30-10-10
2 gramas de carvão ativado em pó. (Farmácia de manipulação ou lojas de aquários )
OBSERVAÇÃO: para que o meio de cultura fique mais alcalino coloque mais banana; se quiser mais ácido coloque mais tomate. Então para baixar o PH coloque menos tomate.

COMO FAZER O CARVÃO ATIVADO

Coloque uma pedra pequena de carvão por 5 a 10 minutos no forno microondas.
Retire e jogue em água fria – retire e deixe secar.
Por último moer.

PREPARO

Numa panela de alumínio, treflon ou vidro colocar:
200 ml de água de torneira.
Tomate.
Banana.
Deixar ferver entre 5 e 10 minutos, até o tomate estourar e a banana ficar mole.
Bater no liquidificador e coar em peneira fina.
Adicionar a seguir:
Água de coco.
Carvão.
Adubos.
Açúcar.
DETALHE: completar com água até ½ litro.
Numa vasilha a parte dissolver lentamente em ½ litro de água fria o amido de milho (80 gramas).
Despeje de volta na panela com os demais ingredientes.

Levar o fogo – cuidar para não ferver e não engrossar o meio de cultura – devido a presença do amido.

Retirar a espuma que surgir com uma espumadeira.
Quando o meio de cultura estiver com aspecto viscoso – querendo engrossar - retire do fogo e coloque nos frascos – aproximadamente 2 cm por frasco. Se quiser use uma concha pequena como medida.

PREPARO DOS FRASCOS PARA O MEIO DE CULTURA

Lavar os vidros com água e detergentes, inclusive as tampas – enxaguar bem, cuidando para não deixar restos de espuma.
Secar num escorredor.
PREPARO DA TAMPA: - fazer bem antes da semeadura para dar tempo de secar a cola.

Fazer um furo no centro da tampa, com um prego.
Inserir uma capa de agulha – pedir na farmácia.
Colar com tenaz – deixe secar e coloque outra camada – por dentro e por fora.
Coloque algodão bem socado, ( com um palito de dente redondo e sem a ponta afiada) para formar um filtro e servir como respiradouro.
Corte a ponta da capa da agulha – parte interna da tampa.

ESTERILIZAÇÃO DO MEIO DE CULTURA

1. Panela de pressão: 20 minutos.
2. Panela comum: 1 hora.
3. Antes de colocar os frascos na panela, forrar o fundo com pano dobrado ou uma gradinha de madeira.
· Pingar 1 gota de solução – 100 gramas de sulfato de cobre para 1 litro de água – no algodão que está vedando o buraco da tampa para evitar contaminação – cuidado para não escorrer para dentro do frasco. (Reduzir essa formula ao mínimo possível, uma vez que a quantia a ser utilizada será mínima ) Ex. 50 gramas para l/2 litro de água .
· Cobrir a tampa com papel alumínio para evitar a entrada de água pelo furo da tampa.
4. Após 20 minutos desligar o fogo.
· Deixe esfriar para evitar choque térmico e quebrar os vidros.
· Retirar os frascos da panela.
5. Esperar aproximadamente 5 dias antes de semear para ver se houve contaminação – caso algum frasco apresentar contaminação descarte-o imediatamente.

SOLUÇÃO DESINFETANTE - BANCADA, INSTRUMENTOS E SEMENTES.

Álcool 70% - misturar 3 parte de álcool de posto e uma de água – bancada e instrumentos, ou
Cloro estabilizado de piscina 5 gramas por litro – bancada até a semente. – mais indicado por não manchar a roupa nem oferecer risco de explosão. Caso não encontre o cloro estabilizado utilize a fórmula a seguir:


DESINFECÇÃO DAS SEMENTES:

1. Num potinho preparar uma solução desinfetante usando 80 ml de água destilada e autoclavada, 20 ml de água sanitária e duas gotas de detergente neutro, ou Cloro estabilizado de piscina 5 gramas por litro – bancada até a semente. – mais indicado por não manchar a roupa nem oferecer risco de explosão.


2. Pegue o embolo de uma seringa de 5 ML molhe a borracha nessa solução e grude uma pequena porção de semente.
3. Volte o embolo para a seringa - aspire 5 ML da solução e de uma leve agitada.
4. Coloque a seringa dentro do potinho com a solução – agulha para baixo.
5. Deixe decantar de 7 a 8 minutos.
6. Em seguida coloque a seringa em outro pote, agora com a agulha para cima.
7. Aguarde só um estante para as sementes irem para baixo e solte a solução deixando as sementes.
CURIOSIDADE
1. A semente de epidendrum não afunda.
2. Não desinfetar as semente de Phalaenopsis na solução de hipoclorito.
3. Em qualquer situação que ocorrer contaminação – diminuir o cloro e aumentar o tempo – item 5 acima – até um máximo de 40 minutos para evitar esterilização das sementes.
PREPARANDO A SEMEADURA – 4 FRASCOS.

1. Pegue um frasco pequeno com água esterilizada - junto com os frascos de cultura.
2. Flambar a agulha no bico de Bussem. (aspirar o ar no fogo)
3. Aspire a água para lavar as sementes – agite levemente – cuidado para não romper as sementes.
4. Deixe decantar com a agulha para cima e solte a água.
5. Repita a operação duas vezes.(itens 2 – 3 e 4)
6. Aspire finalmente 2 ML de água, deixando l ML de ar.
7. Retire a agulha – deixe a seringa na solução desinfetante.
8. Pegue os quatro frascos de cultura – passe um pano com a solução desinfetante principalmente na tampa.
9. Abra todos os frascos sem retirar a tampa.
10. Flambe rapidamente a boca do vidro a ser semeado no bico de bussem.
11. Levante a tampa e ejete ½ ML da água com semente por frasco.
12. Volte a seringa para a solução.
13. Feche o frasco imediatamente – flambar a tampa no bico de bussem – em seguida coloque o filme plástico – cuidando para não tampar o furo da tampa. Balance o frasco em forma de círculo para que as sementes se espalhem uniformemente sobre o meio de cultura.
14. Coloque identificação: planta, data e outras informações que julgar necessário.
ATENÇÃO: O ATO DE ABERTURA DOS FRASCOS PARA EJEÇÃO DAS SEMENTES – ITEM 11 - DEVERÁ SER FEITO EM CIMA DE UMA PANELA COM ÁGUA FERVENDO – NO VAPOR – PARA DIMINUIR O RISCO DE CONTAMINAÇÃO.

APÓS A SEMEADURA:
1. Manter em local limpo.
2. Temperatura média. Aconselhável em local sem vento direto
3. Luz direta durante 16 horas - pode ser luz do dia mais luz florescente. ( ex. das 7.00 horas até as 18.00 horas luz do dias . Das 18.00 horas as 23.00 horas luz fluorecente.) Pode ser utilizado um timer para ligar e desligar a luz
4. Não precisa repicar.
5. Retirar as mudas após 7 a 8 meses (observar o desenvolvimento das mesmas)

RETIRADA DAS MUDAS

Coloque um pouco de água para amolecer o meio de cultura..
Lavar cuidadosamente num peneira fina para eliminar todo meio de cultura.
Cuidado para não danificar as raízes.
Deixe as mudinhas aproximadamente por 20 horas espalhadas em pano úmidos para fazer o velame das raízes.
Replantar em vaso ou bandeja coletiva – camadas de brita, casca de pinus de pequeno diâmetro e por ultimo casca de pinus bem miúda misturada com, pó de xaxim, fibra de coco picada ou similar. .
Manter em local sombreado – 70%.
Cuidar da umidade e adubação (plantas novas exigem mais umidade e adubação nitrogenada mais constante e diluída). Utilizar um pulverizador para molhar e evitar danos para as mudas .
Aplicar fungicida a cada 15 dias – (solução mais diluída)